Empresários criam movimento “pela Subsistência do Interior” contra as portagens na A23 e A25
Dez empresários dos distritos de Castelo Branco e Guarda criaram um movimento que pretende convencer o Governo a abandonar a introdução de portagens nas autoestradas SCUT.
“As portagens resumem-se a três D: desemprego, desinvestimento e desertificação. São três palavras que podem ser a ruína de muitas empresas”, disse o empresário hoteleiro Luís Veiga. Há empresas no ramo da distribuição alimentar “para as quais as portagens vão representar um custo acrescido de 120 mil euros ao fim do ano”, exemplificou.
As empresas que não puderem refletir as portagens no preço final dos produtos ou serviços, “vão ter que despedir, tal como já várias preveem fazer”, alertou Veiga. O movimento está a preparar “um documento para sensibilizar o Governo e o PSD, que, ao fim ao cabo, esteve na decisão das portagens”.Luís Veiga realça que as assimetrias regionais que justificaram a isenção de portagens se mantêm.